(1a Parte) Rescaldo do fim-de-semana (31/Janeiro e 1/Fevereiro)

Na primeira divisão sénior destacam-se duas vitórias, uma mais surpreendente que a outra. Em Coimbra, a Académica venceu a Lousã confortavelmente (ao contrário do que havia sucedido na primeira volta) e reforçou a sua liderança na prova, isto porque em Montemor, casa emprestada do Évora para a 11a jornada do campeonato, o CRÉ recebeu e venceu o segundo classificado CRAV, substituindo-o nessa posição e causando mais uma surpresa numa competição que tem sido (este ano) não só muito disputada como bastante imprevisível.
Uma última referência para a vitória do Setúbal contra a UTAD, numa partida que, apesar do resultado final, os jogadores transmontanos nunca encararam de forma ligeira, tendo, numa atitude que é de louvar e de admirar (face à diferença nos números e à raridade deste comportamento quando se conjugam estes dois factores), lutado até ao fim dos 80 minutos com bravura, garra e empenho, apesar da derrota, que ao intervalo já era uma certeza.


Na segunda divisão, separando os resultados por grupos (apurados e não apurados), importa dizer que, no primeiro (grupo dos apurados), o destaque foi inteiramente para o Montemor, que numa partida algo desnivelada, fez algo que nem a previsão mais negativa poderia comportar: derrotou o Elvas/Juromenha (que por certo teve uma exibição para esquecer, a rectificar o mais rápido possível) por 102 a 0 (num jogo em que há que salientar os 38 pontos do centro Ricardo Ribeiro e os 24 pontos do arrier João Maria, dois Mouflons que estiveram, tal como o resto da equipa, muito bem). Depois do Belas, foram os alentejanos que sofreram uma pesada derrota às mãos dos comandados de José Mendes da Silva. A partida da próxima jornada (14 e 15 de Fevereiro) com o Cascais Rugby Linha será, por certo, algo a acompanhar, tratando-se do primeiro embate entre dois dos grandes favoritos à conquista do campeonato.
No grupo dos não apurados, a FCT, o Oeiras e o Santarém aparentam, duas jornadas volvidas, serem os clubes melhor posicionados para avançarem para as meias finais da prova. Existindo ainda muito campeonato por realizar, importa também saber o que farão os homens de Famalicão e da Moita para alterarem esta prematura previsão, pois são duas equipas que possuem a capacidade para se imiscuírem na luta pelos lugares cimeiros dos dois grupos. Salvo alguma agradável surpresa (proporcionada talvez pelo Loulé), a curiosidade está em assistir ao desenrolar de jogos entre as equipas que, sendo mais fracas, tem agora oportunidade de terem uma oposição mais ajustada ao seu nível.


A 11a ronda do campeonato nacional de sub20 viu o retorno do Belenenses ás vitórias, à custa de um Técnico aguerrido (que apenas conseguiu lutar até meio da segunda parte, altura em que inclusive empatou o marcador a 22 pontos) mas que nos últimos 20 minutos da partida sofreu 19 pontos (sem resposta), fatais para as aspirações dos engenheiros; e teve em Coimbra um encontro muito disputado, entre o XV da Académica e o XV da Agronomia, que depois de vencer o Belém teve que fazer um esforço extra e deslocar-se a um campo muito complicado, vencendo uma partida onde o pilar João Matos Rosa deu, aguentando lesionado os 80 minutos e contribuindo para a vitória dos agrónomos, uma prova de determinação e sacrifício em prol da equipa que importa aqui destacar.
O CDUL prosseguiu a sua senda vitoriosa (derrotando o Cascais), aproximando-se da equipa do Direito (apesar de ter mais um jogo) que, no jogo grande da jornada foi derrotada pelo CDUP. Os jovens jogadores do Porto não desperdiçaram a vitória conquistada contra o Belém na ronda anterior e embalaram para a segunda vitória consecutiva, mostrando que quando se trata de enfrentar os candidatos ao título este conjunto não pede meças a ninguém. Apesar da derrota, em Monsanto tranquilidade continua, pelo menos no que à tabela classificativa diz respeito, a ser a palavra de ordem, visto que duas derrotas não foram suficientes para destronar os 'advogados' da liderança da prova.