Notícias (Novembro de 2008 - 4)

1 - Começou hoje a primeira etapa do Circuito de Sevens da IRB, que decorre no recém-construído estádio The Sevens, no Dubai. A equipa de Portugal, liderada pelo treinador Pedro Fernandes e pelo capitão Diogo Mateus, participa outra vez nesta competição (depois de ter estado ausente em 2007) e apurou-se, depois de três jogos da fase de grupos, para a Taça Bowl, onde amanhã (às 6 da manhã, hora nacional) vai defrontar (nos quartos de final) a Geórgia.
Fazendo um resumo daquilo que foi a prestação dos Lobos no primeiro dia de competição, podemos dizer que esta foi não foi a melhor no encontro inicial, contra uma Inglaterra mais forte, que pressionou bem a equipa portuguesa, obtendo a vitória prevista e iniciando aquela que seria uma primeira fase 100% vitoriosa para o conjunto inglês, mas que melhorou na partida contra as Ilhas Fidji, onde não exageramos ao dizer que o empate a zero ao intervalo penalizava Portugal e premiava a organização defensiva dos fijianos, sendo que na segunda parte da partida os finalistas (vencidos) do ano passado aproveitaram as suas oportunidades e marcaram os dois ensaios que lhes deram a vitória. No último jogo do dia, que era essencial vencer, foi uma exibição inteligente e segura que nos deu uma boa vitória contra os Estados Unidos.
Nos outros grupos não tivemos grandes surpresas, com a NZ a assegurar sem problemas o 1º lugar no Grupo A (acompanhada pela Austrália), a África do Sul e a equipa do Quénia (que já não surpreende ninguém ao passar aos quartos de final da Cup) a dominarem o Grupo B, e com a Samoa e a Argentina a ocuparem os dois primeiros lugares na classificação final do Grupo C, naquela que terá sido a "Pool" mais renhida das quatro.
CONSULTEM O ARTIGO EM DESTAQUE NO SITE PARA SABEREM OS RESULTADOS E (MAIS TARDE) NOVIDADES SOBRE A PROVA.



2 - Numa notícia ainda relacionada com o Dubai Sevens 2008, é necessário fazer aqui uma importante ressalva para o facto de a IRB querer (tal como todos os adeptos querem) ver o Rugby (via Sevens) (re)inserido nos Jogos Olímpicos, apresentando esta variante do rugby (de 15) como algo de viável (em termos logísticos) e condizente com o espírito olímpico, jogada por um conjunto de países abrangente e por equipas dos dois sexos, argumentos fundamentais para quem quer (re)introduzir um desporto no programa olímpico.

Esta afirmação é em tudo verdadeira excepto num ponto, que diz precisamente respeito ao rugby feminino! Não se pode pegar num torneio internacional secundário (que já se joga no mesmo formato há alguns anos e ao qual não se fizeram alterações), que é disputado (em 2008) por 4 selecções (Inglaterra, Estados Unidos, Canadá e Holanda), 3 clubes ingleses (Aylesford Bulls, Pink Barbarians e Wooden Spoon), 2 clubes russos (Slavyanka e Podmoskovie) e 1 clube irlandês (Irish Vixens) e do qual a federação organizadora (Federação de Rugby do Golfo Árabe) e o Quénia desistiram e chamar-lhe "O Evento Feminino"! Sobretudo quando a este não é dado nem sequer um décimo do destaque e "tratamento" que o torneio masculino (merecidamente) recebe.

Todavia, e após esclarecer algumas confusões relacionadas com a estrutura da prova, confusões que nem a IRB nem o site da organização esclarecem, podem consultar, seguindo o link principal, o programa completo dos jogos deste evento e a lista das três partidas que ainda não se disputaram (meias finais e final da taça). Na época do primeiro Campeonato do Mundo Feminino de Sevens é importante (para não dizer fundamental) dar (finalmente) condições para o rugby das senhoras se desenvolver com alguma tranquilidade e de forma correcta, não desta forma que para além de ser manifestamente insuficiente é enganadora e falsa.

Não existe nenhum Torneio Feminino de Sevens (de selecções) no Dubai neste ano, uma ideia errada que está a ser passada para o público, existe uma competição com algumas equipas representativas (como o nosso XV do Presidente, designação que a selecção nacional emprega em jogos amigáveis de menor importância) e outras feitas por convite (como os "nossos" Lisbon Casuals, que esporadicamente vão participando neste ou outro torneio), algo que tem que ser repensado (urgentemente) se a IRB quer sequer sonhar em ver o rugby considerado como olímpico e a bem da própria modalidade, que não tem federações com fundos tão abundantes que suportem o envio de selecções femininas em viagens ao outro lado do mundo para "competirem" com equipas deste nível.


3 - Falando da IRB, nunca é demais recordar os vencedores dos IRB Awards 2008, que premeiam elementos do rugby em categorias tão distintas como são a arbitragem, o desenvolvimento da modalidade, o ensaio do ano ou o espírito do rugby. Fica aqui (abaixo), sem traduções ou mais explicações (que são desnecessárias), a lista dos premiados nesta gala organizada pela International Rugby Board e (acima) um vídeo, contendo a reacção dos vencedores e um curto rescaldo da cerimónia.

IRB Player of the Year: Shane Williams (Wales)
IRB Team of the Year: New Zealand
IRB Coach of the Year: Graham Henry (New Zealand)
IRB Junior Player of the Year: Luke Braid (New Zealand)
IRB Sevens Player of the Year: DJ Forbes (New Zealand)

Spirit of Rugby Award: Roelien Muller and Patrick Cotter
Vernon Pugh Award for Distinguished Service: Sir Nicholas Shehadie

IRB Referee Award for Distinguished Service: Andre Watson
IRB International Women's Personality of the Year: Carol Isherwood
IRB Development Award: Tag Rugby Development Trust and Martin Hansford

IRPA Special Merit Award: Agustin Pichot
IRPA Try of the Year: Brian O'Driscoll, Australia v Ireland

IRB Hall of Fame inductees: 1888 Natives Team of New Zealand & Joe Warbrick, Melrose & Ned Haig, Dr Jack Kyle, Hugo Porta and Philippe Sella.


4 - Mantendo o tema do rugby internacional mas avançando para outras notícias, nesta semana o site Rugby Belenenses entrevistou o Eng.º Pedro Sousa Ribeiro, figura do rugby nacional (que se distinguiu ao serviço do Clube de Rugby de Técnico e da Federação, como jogador e dirigente, tendo sido Presidente da FPR), num artigo intitulado "Barbarians: Uma tradição com futuro" que aconselho todos os interessados no tema a lerem (aqui).


5 - Para quem aprecia uma visão mais analítica dos jogos internacionais, ficam aqui duas sugestões, dois textos de João António Grão, um analisando os jogos internacionais do fim-de-semana passado (aqui), outro antevendo as partidas de rugby internacional deste sábado e domingo (aqui). Podem encontrar estes e outros artigos no blog Pontapé de Ressalto, que é sempre um local a visitar, cujo link podem encontrar na página dos Links do Rugby Portugal (ver websites nacionais).


6 - Quem gosta de ver jogos de rugby mas não o consegue fazer via televisão, pode aproveitar a sugestão do Bryan Freitas (autor do blogue lobosportugalrugby.blogspot.com, que se centra na actividade dos jogadores de rugby portugueses a jogar em França), de acompanhar (via este link) o jogo entre o Auch (de David Penalva e Christian Spachuk) e o Tarbes (onde já jogou o António Aguilar - ver mais sobre o assunto aqui) neste domingo às 14:00 a contar para a 11ª jornada do ProD2. A hora que aponto é a portuguesa, como é óbvio.


7 - Ainda na sequência daquilo que foi o último encontro a contar para o 6 Nações B realizado neste ano de 2008, entre a Espanha e a Alemanha, no fim-de-semana de 15 e 16 de Novembro, em Madrid, no Estádio Universitário, os nossos amigos do German Rugby TV, um canal do YouTube associado ao site alemão Total Rugby, que podem encontrar nos links (ver websites internacionais) deste vosso site, fizeram um resumo do jogo em mais ou menos vinte minutos, dividido por dois filmes, cujos links aqui apresentamos, para que possam ver os melhores momentos (1ª parte) dessa partida (2ª parte) internacional.


8 - Para terminar, quero deixar-vos com dois artigos sobre o primeiro Convívio Inter-Regional de 2008, organizado pela ARN (Associação de Rugby do Norte) e pelo CRF (Clube de Rugby de Famalicão), que juntou 10 clubes, 24 equipas e 210 jogadores (isto sem contar com treinadores, pais e amigos) espalhados por três escalões (Sub8, Sub10 e Sub12) no passado sábado, em Famalicão. Vale a pena sempre dar conta de quando estes eventos se realizam, algo que o Rugby Portugal fez atempadamente, e congratular os organizadores e participantes quando, como foi o caso, estamos perante um sucesso (muito necessário para quem espera ver cada vez mais jovens a praticar rugby). Podem consultar os artigos em causa, que se encontram no site da Agrária (aqui) e no site do Famalicão (aqui), seguindo os respectivos links.