1 - Petição olympic-rugby.org

A primeira notícia deste artigo é relacionada com a petição organizada pelo site olympic-rugby.org, uma petição que visa ajudar a causa do rugby, uma das cinco modalidades que a 2 de Outubro, no 13º Congresso Olímpico, em Copenhaga, poderão entrar (no nosso caso é mais reentrar) no calendário olímpico para os Jogos Olímpicos de 2016. A acção a que os portugueses começam a aderir (já passámos os 1000 assinantes mas ainda não cobrimos nem um décimo dos adeptos deste desporto em Portugal), e que é apadrinhada pelo capitão da equipa de Sevens dos Springboks, Mpho Mbiyozo, é composta por três fases, que podem ser conhecidas no site da petição (link acima).

No 13º Congresso do COI, a decorrer durante a primeira semana de Outubro, será submetida a votação aos membros do Comité a inclusão nos Jogos Olímpicos de 2016 de uma ou duas de cinco modalidades candidatas (o Basebol e o Softbol foram excluídos dos Jogos em 2005, sendo que agora, com duas vagas abertas, o Karaté, o Squash, o Golfe, as Corridas em Patins e o Rugby são modalidades candidatas). Neste Congresso, a modalidade ou modalidades que tiverem mais do que 57 votos (dos 115 votos por distribuir - 1 por cada membro do Comité) entrarão nos Jogos Olímpicos de 2016, que se realizaram numa cidade que também será anunciada nesta reunião. O membro português (desde 1989) é o Sr. Fernando Bello, velejador olímpico em 1968 e 1972.
Contamos com o apoio de todos, sendo que tudo faremos para, nos próximos meses, divulgar esta causa e assegurar que esta é bem sucedida (sugestão de leitura: o artigo "Rugby Sevens nos Jogos Olímpicos").
2 - Portugal qualificou-se para o Europeu de Sevens 2009

Ao vencer os Torneios de Sevens de Sopot e de Ostrava, a Selecção Portuguesa de Sevens, comandada por Tomáz Morais e Pedro Netto, assegurou facilmente a qualificação para a etapa final do Circuito AER/FIRA deste ano (ver histórico aqui), que, tal como em 2008, volta a realizar-se em Hannover, e onde também participarão a Espanha, a França, a Alemanha, a Geórgia, a Roménia, a Polónia, a Rússia, e, muito provavelmente (porque falta realizar-se a última etapa de qualificação), a Itália, a Ucrânia, a Holanda e a Dinamarca (ou a surpresa Chipre).
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Para a equipa nacional, o grande desafio desta época (e das próximas) será o de revalidar um título europeu cada vez mais difícil de conquistar e o de preparar uma equipa competitiva para enfrentar a temporada de Sevens sem ter que interromper o Campeonato Nacional da Divisão de Honra ou prejudicar o XV dos Lobos, que precisa de se qualificar para o Mundial da Nova Zelândia.
3 - Defeso dos principais campeonatos europeus

Com o finais das taças europeias de clubes já há muito realizadas (ver aqui resumos), e com os vencedores dos principais campeonatos europeus encontrados, as entradas e saídas de elementos (maioritariamente jogadores) de clubes do hemisfério norte intensificam-se, com os principais emblemas da Guinness Premiership, do Top 14, do Super 10, da Magners League, da Divisíon de Honór e do nosso Campeonato Super Bock a procurarem reforçar-se para melhor enfrentarem a próxima temporada (2009/2010).
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Se para tranferências das competições estrangeiras sugerimos uma consulta à nossa página de Links, nomeadamente ao nosso espaço com links dedicados às principais competições de clubes (ver aqui), e ao grande blogue do Bryan Freitas, o Rugby Portugal - Lobos em França, no caso das tranferências envolvendo clubes portugueses que participarão no Campeonato Super Bock 09/10, a saber, Direito, Agronomia, CDUL, Belenenses, Técnico, Benfica, CDUP e Académica, pretendemos, numa medida já anunciada anteriormente, divulgar, de forma regular e concreta, uma lista contendo as entradas, saídas e permanências nos planteis dos oito clubes acima mencionados.
Este é um esforço que não é fácil e que carece de algum respeito pela necessidade e interesse dos clubes em manterem confidenciais (por algum tempo) as principais movimentações nos seus quadros. Todavia, trata-se de uma iniciativa que, caso seja bem sucedida, será muito eficaz e interessante no divulgar do que se passa durante o defeso da principal competição portuguesa de clubes.
4 - Novo modelo do Super 14 (Super 15)

Com o final de mais uma edição do Super 14, que culminou com a vitória (por números expressivos) dos sul-africanos Blue Bulls, surge a apresentação de um novo modelo da prova, agora com 15 conjuntos (mais uma 'franchise' australiana) e num novo formato, prevendo uma primeira fase regional, seguida de uma fase em que um conjunto de cada país e três 'wildcards' se encontram para, depois de uma ronda eliminatória (entre o conjunto vencedor da conferência com menos pontos e os três 'wildcards'), disputar as meias finais e a final do torneio (ver aqui para mais informações).
Este novo formato, que surge sobre a forma de um acordo entre as federações da SANZAR, e que poderá entrar em vigor em 2011, embora muito elogiado pelos CEO's das três federações, levanta sérias dúvidas sobre o futuro das principais competições de clubes de cada país (leia-se Currie Cup e Air New Zealand Cup) que com o aparecimento de um Super 15 'regionalizado' estão condenadas (esperemos que não) a perder apoios, interesse e adeptos, e continua a condenar a Argentina e as Pacific Nations, potências emergentes no hemisfério sul (mais os sul-americanos que os membros da Ilhas) a um isolamento e esquecimento que não é de modo algum benéfico para o desenvolvimento da nossa modalidade.
O caso da Argentina, depois de um excelente Mundial de França, é por demais sintomático da mentalidade tacanha e mesquinha de quem, com mais dinheiro na mão, não soube lembrar-se de tantas promessas feitas, de tantos apelos e indicações favoráveis e perceber que, tal como sucedeu com a Itália no hemisfério norte, a integração da selecção das pampas é inevitável se queremos que esta seja capaz de competir com as demais portências. Um conjunto profissional argentino no Super 14 e o acesso ao Tri-Nations é tudo aquilo que aquela federação precisa, no olhar deste autor e de muitos adeptos do rugby, para poder definitivamente elevar de forma sustentada o seu nível de jogo.
Fica adiada mais uma hipótese de o rugby dar um gigante passo rumo a uma verdadeira globalização, objectivo que por vezes parece não ser o de quem, no topo da hierarquia mundial, toma as principais decisões sobre a modalidade.
5 - Grupos da Heineken Cup e da Challenge Cup de 2009/2010
(e alterações no formato destas provas)
(e alterações no formato destas provas)

Com o fim da época de clubes europeia a ERC, organizadora da European Challenge Cup (grupos) e da Heineken Cup (grupos), as provas que, numa comparação com o futebol, corresponderíam à Taça UEFA e à Liga dos Campeões, respectivamente, sorteou os grupos destas duas provas para 2009/2010 (ver links acima), tendo também apresentado algumas alterações no formato da segunda prova, a Challenge Cup, que agora vê os seus quartos de final receberem três equipas da Heineken Cup (que se juntam aos cinco vencedores da fase de grupos), aumentando assim a competitividade na primeira fase da CC e aumentando a qualidade dos conjuntos presentes na segunda fase desta prova.
Estas alterações (ver aqui explicação destas), que não sendo nefastas para o rugby europeu em geral (bem pelo contrário), vêm, para nós portugueses, acompanhadas de uma notícia algo triste, que é a da não comparência de um conjunto nacional na Challenge Cup, algo que é (no entender deste autor) importantíssimo para o desenvolvimento do rugby nacional, pois permitiria aos jogadores lusos o contacto com um nível de competição mais elevado, à semelhança do que sucede com os nossos congéneres espanhóis e romenos.
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O abandono desta prova pelas equipas portuguesas (recordo que já tivemos dois conjuntos representativos na segunda prova da ERC) foi um erro (visto que devíamos ter duas equipas, uma do norte/centro, outra do centro/sul, formadas por jogadores das equipas da Divisão de Honra, a participar em competições europeias), pelo qual agora estamos a pagar caro, com a falta de competição entre os clubes portugueses e o baixo nível de jogo das competições internas a serem realidades reconhecidas por todos os elementos da nossa comunidade e aspectos a combater por quem organiza estas provas.
Sendo certo que recentemente têm sido tomadas medidas visando aumentar a competitividade da DH, algo positivo e de louvar, esperamos agora que a FPR e os Clubes saibam encontrar uma plataforma de entendimento que viabilize, a partir de 2010/2011, a participação de uma equipa representativa portuguesa (congregando jogadores das equipas da supra citada prova) que, bem preparada, ofereça competição de alto nível a jogadores destas equipas (e não apenas aos internacionais), à semelhança do que sucede na Roménia e vai suceder em 2009/2010 na Espanha.
6 - Aproxima-se o primeiro teste dos Lions na África do Sul
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Com seis jogos volvidos e ainda invencível, esta equipa dos British and Irish Lions tem apresentado sinais mistos em jogos que, não obstante a ausência dos internacionais Springboks, foram, regra geral, bem disputados. Tal como em 1997, o pack de avançados é o aspecto mais focado pela impresa e será um aspecto em que os Lions não podem ceder se querem vencer este sábado em Durban o primeiro teste de três.
Numa partida que se realiza ao nível do mar, algo que deve beneficiar os visitantes, tendo em conta que o segundo e o terceiro teste se realizam a mais de 1400m e 1700m de altitude respectivamente, o XV para este jogo (já definido - ver abaixo) terá que aproveitar esta importante hipótese para se adiantar nas series.
Acreditamos que, no encontro transmitido pela Sky Sports (ver programação aqui), especial atenção será dada ao confronto entre as terceiras linhas e que a vitória será conquistada pela equipa que menos erros cometer nos alinhamentos, formações ordenadas e rucks, situações de especial confronto e onde o favoritismo, pertence, à partida, aos Campeões do Mundo.
01. (WAL) Gethin Jenkins
02. (ENG) Lee Mears
03. (ENG) Phil Vickery
04. (WAL) Alun-Wyn Jones
05. (IRE) Paul O'Connell (Capitão)
06. (ENG) Tom Croft
07. (IRE) David Wallace
08. (IRE) Jamie Heaslip
09. (WAL) Mike Phillips
10. (WAL) Stephen Jones
11. (ENG) Ugo Monye
12. (WAL) Jamie Roberts
13. (IRE) Brian O'Driscoll
14. (IRE) Tommy Bowe
15. (WAL) Lee Byrne
02. (ENG) Lee Mears
03. (ENG) Phil Vickery
04. (WAL) Alun-Wyn Jones
05. (IRE) Paul O'Connell (Capitão)
06. (ENG) Tom Croft
07. (IRE) David Wallace
08. (IRE) Jamie Heaslip
09. (WAL) Mike Phillips
10. (WAL) Stephen Jones
11. (ENG) Ugo Monye
12. (WAL) Jamie Roberts
13. (IRE) Brian O'Driscoll
14. (IRE) Tommy Bowe
15. (WAL) Lee Byrne
16. (WAL) Matthew Rees
17. (WAL) Adam Jones
18. (IRE) Donncha O'Callaghan
19. (WAL) Martyn Williams
20. (ENG) Harry Ellis
21. (IRE) Ronan O'Gara
22. (IRE) Rob Kearney
17. (WAL) Adam Jones
18. (IRE) Donncha O'Callaghan
19. (WAL) Martyn Williams
20. (ENG) Harry Ellis
21. (IRE) Ronan O'Gara
22. (IRE) Rob Kearney

Para mais informações consultem a nossa rubrica Living with Lions e visitem o excelente blogue do Rui Vasco Silva, o Pontapé de Ressalto.
7 - Junior Rugby World Championship - Japan 2009

Terminamos este artigo de notícias abordando o Campeonato Mundial Junior, ou Junior Rugby World Championship, prova que reune as melhores 16 selecções de Sub-20 e que decorre até ao fim deste fim-de-semana no Japão. Esta é a competição acima do Junior Rugby World Trophy, o campeonato que a Roménia venceu este ano no Quénia e onde competem 8 selecções (ver artigo aqui).
Numa prova que o RugbyPortugal tem acompanhado (ver histórico aqui), e que neste momento já tem definidos os seus finalistas, é importante salientar primeiro o bom desempenho do XV da casa, que tem realizado partidas muito interessantes e lamentar a decisão errada da IRB em reduzir o formato desta prova (de 16 para 12 equipas, quando devia aumentar o número de participantes do JWRT para este número), dificultando ainda mais o acesso de nações emergentes a esta e consolidando o fosso existente entre as principais potências e estas selecções, numa postura que é destrutiva e incompatível com a propagada intenção de ajudar as nações emergentes na prática deste desporto.
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Críticas aparte, assistimos a uma prova que Austrália, Inglaterra, África do Sul e Nova Zelândia dominaram, com leve ascendente dos jovens do XV da rosa sobre as demais equipas. Num registo muito positivo também estiveram os conjuntos da Samoa e do Tonga, mostrando que existem gerações com talento para o futuro do rugby sénior destes dois pequenos países. A Itália e o Canadá são duas selecções que ficarão por certo a lamentar não terem feito melhores exibições, tendo ficado um pouco aquém das expectativas, tal como a Escócia e a Argentina, afastadas na fase de grupos da luta pelo 5º lugar.
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Com o australiano Richard Kingi e o inglês Tom Homer a dominarem as estatísticas individuais nos pontos e o nova zelandês Zac Guildford a ser o melhor marcador de ensaios (até ao momento), este é um evento que tem tido jogos para todos os gostos, transmitidos pela Eurosport (ver programação aqui), que prestou um excelente serviço a todos os adeptos da modalidade ao assegurar a transmissão da prova. Veremos se são os jovens 'All Blacks' a vencer a final ou se a Inglaterra conquista pela primeira vez este troféu.